quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Foto: Miku com a roupa do Diva project + bagunça do meu quarto..

É isso aí, o ano novo chegou.. Estou naqueles dias de reflexão.. Não porque é ano novo, mas porque está aqueles dias chuvosos e desanimadores =/

Eu não lembro quais os meus objetivos do ano passado para esse ano, mas acho que não foram muitos.. Porém me alegro em pensar que fiz várias coisas esse ano e espero fazer muito mais ano que vem!

Minha primeira e única meta do ano vai ser escrever. Vou escrever mais, ler mais e refletir mais sobre os temas nos quais gosto de desenvolver. Adoraria o básico [ Tipo emagrecer, ganhar dinheiro, arrumar um namorado 8D ], mas vou dispensá-lo de uma meta e deixarei que as coisas aconteçam naturalmente..

Eu pensei em talvez criar metas do tipo "aprender um idioma", "viajar", "ler mais sobre doenças", "interagir com algum doente" e "adquirir a biografia dos tudors em inglês e ler!". Mas acho que é melhor nos estabelecermos na realidade, não é? E não significa que passamos um ano em vão, sem fazer nada, mas sim que em um ano nós mudamos bastante e achamos outros interesses..

Espero daqui um ano estar viva e voltar nesse blog para falar "Eu escrevi a minha primeira história até o fim".. =I

Como eu desejo ter um bom ano novo como todo mundo, vou me retirar do blog agora e ver se faço algo útil =3/ Feliz ano novo para todos..

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Foto: America e Canada [ A Ana e eu 8D ]

Hoje a Tammy tá lá na casa da Ana, mas tô sem ânimo algum de ir D: Tá muito quente e dormi pouco essa noite [ Tô tendo um daqueles meus surtos de costura D: ]

Decidi que farei cosplay do Kaito em duas versões do Diva Project.. E acho que tenho umas coisas para desabafar hoje..

Tipo, minhas amigas tem sofrido certas "perseguições" na internet.. Algumas pessoas dizem que elas são "vulgares" e não ficam bem com os cosplays que fazem. Eu estranhei isso, porque sou amiga delas, conheço toda a vulgaridade que elas possuem e nem por isso considero-as pessoas ruins ou com cosplays ruins [ Muito pelo contrário ].

Hoje eu fiquei conversando um pouco com mammys e fiquei me perguntando "Será que eu melhorei nesses últimos anos? Eu sou uma pessoa melhor do que fui a quatro anos atrás?" e ela diz que eu ainda vou crescer muito mais e vou definir totalmente a minha personalidade e carater..

Sei lá, o que leva uma pessoa a ofender a outra? Quando somos intimas de alguém ofendemos em um momento de raiva, mas e em outros casos? Por que ofender alguém que você não conhece? Eu não xingo, não faço fofoca pra denegrir a imagem de ninguém e não dou críticas destrutivas.. Mas fazer isso não me faz uma pessoa boa, mas julgo pessoas que machucam os outros desnecessariamente pessoas ruins ou com problemas que não consigo compreender.

Não estou dizendo que quem faz isso é doente, mas talvez tenha uma vida um pouco diferente da minha. Eu não sou rica, não sou bonita e não trago comigo grandes habilidades, mas também não consigo entender a dor das outras pessoas e o que leva elas a ofender alguém que faz algo para se divertir.

Cosplay não é um hobbie a parte que esqueça de quem a pessoa é e nem algo sério que mereça esforço exagerado do cosplayer.. É algo que para o cosplayer fazer lhe deixa feliz. A felicidade está nas pequenas coisas da vida, não é? Essa é uma delas, o simples ato de fazer uma roupa e vesti-la se espelhando em uma personalidade [ Ficticia ou não ] que lhe inspira algo é muito divertido.

Não é como se eu quisesse ser os personagens nos quais me visto e muito menos que eu esteja fugindo da realidade com esse hobbie, eu gosto da minha vida. Gosto da vida que tive ano passado, gosto da vida que tenho esse ano e por mais que eu queira poder voltar certas vezes aos velhos tempos, eu AMO o dia de hoje.

Nós podemos até ficar tristes, ter dias bons e ruins, mas você não ama a si mesmo? Eu me amo muito, não digo aquele amor narcisista, mas eu sou a única pessoa que posso controlar e sendo assim, posso ser tudo o que sempre quis ser. Talvez eu seja feliz por ter sonhos mais modestos que os outros, não que eu não pense grande, eu penso, mas até nas situações ruins consigo ver algo novo e tudo o que é novo é agradável.

Quero dizer, certa vez estava em uma fase meio ruim e para piorar pisei em uma poça enorme de lama D: Nem de longe foi agradável, fiquei com o sapato sujão, a meia molhada [ Sim, até ela ] e ainda precisei continuar andando e ignorando aquela sensação do inferno.. E por mais que parecesse azar atrás de azar, graças a isso hoje eu sei a sensação de pisar em uma poça enorme de lama.. [ E não era água de chuva, era terra molhada, lama mesmo D: ] Sei que isso parece meio "que? você ficou feliz com essa sensação?" e eu digo, na hora não, mas agora posso entender melhor quem passa por isso.. O mesmo vale quando certa vez em um dia super agradável um ónibus passou na minha frente e jogou toda aquela água de chuva em mim.. Se bem que o dia estava tão engraçado que eu e a pessoa que estava comigo ficamos "É brincadeira, né? D: Poxa!" e rimos muito.. Ou seja, situações ruins podem ser divertidas em dias bons e situações ruins em dias ruins nos fazem adquirir experiência.

Mas aí eu ainda sou uma pessoa ruim em vários pontos, porque não sou capaz de entender as outras pessoas e ver as situações ruins delas sem pensar no aspecto positivo das mesmas.. E eu não sou aquelas "oi, vejo lado bom em tudo" ou "espero sempre o melhor", na verdade eu vejo o lado ruim em muitas coisas e fico muito abalada com certos comentários..

Eu consigo lembrar das vezes nas quais fui ofendida por outras pessoas e pelas pessoas que me envolvi a seguir eu não penso como algo ruim.. Mas por sua vez, pelas pessoas que fizeram e depois se afastaram eu ainda não consigo entender os sentimentos que as levaram a isso..

Até mesmo nesse blog aqui eu já recebi um comentário estranho e não obtive resposta depois disso.. E eu ainda não entendo o porque da pessoa ter feito isso. Eu queria entender o que fiz para essa pessoa e quais situações desencadiaram as atitudes dela para poder mudar e ser melhor, mas eu não consigo.

Eu devo ser uma pessoa muito má mesmo não fazendo coisas que considero ruim, porque se fosse boa eu seria capaz de formar uma opinião e tomar uma atitude. Tipo, defender um amigo é tomar uma atitude correta, certo? Eu já defendi os meus amigos diversas vezes, mas e se eu estivesse errada? Digo, talvez responder a essa pessoa esteja magoando da mesma forma que ela tenta magoar os outros.

Sabe, nem vou ler o que estou escrevendo porque sei que deve estar extremamente confuso.. Mas fiquei triste hoje, a vida é tão curta e enfrentamos tantas dificuldades.. Será que alguém consegue chegar a um ponto no qual ofender se torna indiferente porque a pessoa não se magoa mais?

As pessoas quando acordam o que veem no espelho? Eu vejo um cabelo bagunçado, uma cara amassada e sinto um desejo terrível de voltar a dormir D: Mas eu gosto do que vejo.. Claro, podia estar mais magra e queria um cabelo diferente [ Já enjoei do meu =I ], mas sou eu ali!

É normal ter vezes que você pensa que seria melhor ser outra pessoa ou sentir inveja de alguém porque ela tem algo que você não tem.. Mas você também não tem coisas que ela não tem? Você também não tem algo só seu? Mesmo que seja algo pequenininho, como a sua própria opinião. As pessoas não conseguem pensar "eu tenho, é pouco, mas é meu"? Pra mim a inveja é bom desde que seja "eu quero ter também" e não "se eu não tenho não quero que o outro tenha".

Saindo do tema~ Sabe algo estranho? Eu considero todos que conheço como amigos, alguns mais íntimos para se falar sobre determinados assuntos, mas todos igualmente importantes.. Acho estranho as pessoas não considerarem as outras amigas, dizendo que são "só conhecidas".. Por que quanto mais amigos melhor, né? Se todos pudessem se dar bem com os outros sem criar discussões ofensivas ou simplesmente por "não irem com a cara" de alguém então todos teriam amigos o suficiente para não se preocupar em ser eles mesmos..

;-; Okey, parei, acho que fui longe demais com os meus devaneios

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Imagem: Kiku - Roubada de um video do youtube -

Fiquei um bom tempo pensando no que postar.. E achei esse video lindo que se enquadra exatamente nos meus planos da história do Arthur. Sem hesitar, tirei um print de uma imagem dele..

Eu finalmente me encontrei na história, pensei em várias coisas para definir o romance deles, mas eles são suaves e tem de se manter assim.. Talvez ocorram lágrimas conforme eu for desenvolvendo, mas nunca vão ser brigas ou situações difíceis que unirão os dois.. Eles apenas vão gostar um do outro.. =3~~

Hoje é natal [ Tecnicamente, para as minhas tradições, é.. ], portanto irei assistir "Um conto de natal dos muppets" e rezar para que chova no início da noite.. [ Por que é triste passar um natal com esse calor todo D: ]

Nesse natal não devo e nem quero ganhar nada, o que eu queria eu já escolhi e comprei.. E nessa época eu nunca fico com muita vontade de ganhar presentes. Sei lá, não sou crente, mas acho que esse periodo devemos refletir um pouco sobre nós e nossos sonhos.. Muita gente faz isso só no ano novo, mas a festa do natal é mais acolhedora e a sensação de paz me atinge..

Eu amo o natal, é a minha época do ano favorita.. Mas também é uma época que eu costumo parar para pensar sobre muitas coisas e quando percebo, no fundo é divertido, mas preferia passá-lo sozinha.. E não acho que ficar sozinha nessa época deve ser triste, sei que quando a oportunidade de eu fazê-lo chegar, vou fazer companhia a mim mesma. [ No fundo gosto de ficar sozinha =I Mesmo que não pareça e as vezes me sinta mal quando fico sem companhia em casa durante o ano ]

Se pensar, eu usava esse blog para desabafar, mas ando sumida dele porque minha mãe tem passado mais tempo comigo o__o Ela está de férias e está lendo tudo o que eu escrevo, ouvindo minhas teorias e me orientando. Acho que não usá-lo significa uma coisa boa.. Mas se não preciso dele, por que estar aqui dia 24 de dezembro? Eu poderia mentir, mas como escrevo os meus pensamentos, direi logo.. Estou sozinha em casa..

Mas não estou por falta de opção, poderia ter saido com a minha mãe e a minha irmã.. Eu vi esse video lindo do Arthur e do Kiku e estou pensando nas cenas para começar a escrever.. Queria terminar logo a história do Alfred, mas não me sinto muito no clima de avançar. Depois dos acontecimentos atuais, ele vai encontrar a namorada.. E sei que tem dias que eu fico super empolgada em escrever sobre ela, mas ela é um espirito livre e não estou em um momento que concorde com isso, prefiro algo menos turbulento.

Eu tô com um clima tão estranho que até penso "É TPM", mas sei que não é xD Eu só estou mais sensível hoje.. Sei que se escrever as cenas que planejo hoje, irei acabar chorando o___o E não estou triste, mas as cenas são tristes e vou me deixar envolver.. Acho que esse é o ponto, estou me envolvendo com tudo hoje D:

Queria estar escrevendo coisas mais felizes, mas depois de pensar no Kiku doente e no Arthur ao seu lado.. Eu me viciei tanto nesse video por ele combinar com a minha idéia do Kiku ter malária que até aprendi a usar esses programas que baixam coisas [ E baixei o video ]

Sei que é atipico eu expor mais que os meus pensamentos [ Se bem que já postei umas fanfics e letras de música ], mas vou me arriscar e tentar escrever uma ceninha da minha história..

~~ Fanfic de natal ~~

Arthur se aproximou dele com um sorriso sereno, a presença de Kiku era sempre tão bela e pacifica, se pudesse manté-lo ao seu lado por mais tempo.. O médico parou por um breve momento, precisava respirar fundo e se acalmar, de todas as coisas que não podia fazer naquele momento a principal delas era demonstrar sua fraqueza. Quando sentiu que se recompõs, deu os últimos passos para perto da cama na qual Kiku estava, chamando a sua atenção.

O rapaz japonês voltou o olhar para Arthur, seus finos lábios tomaram uma nova forma, mostrando um delicado sorriso em resposta a presença do outro ali. O inglês pensou em dizer alguma coisa, mas depois de segundos de reflexão optou por não fazê-lo, não eram necessárias palavras para expressar os seus sentimentos. Kiku viu-o começar a organizar os medicamentos que lhe seriam aplicados, sentindo o pequeno vestígio de sua alegria desaparecer. Por que para ele a felicidade parecia tão distante? Se não estivesse doente, então talvez ele e Arthur pudessem..

- Seu braço. - A voz de Arthur soou fraca, interrompendo os pensamentos infelizes de Kiku. O menor apenas esticou o seu braço, ciente das várias injeções que teria de tomar em uma tentativa falha de manter-lhe vivo. Os dedos de Arthur percorreram a pele do braço de Kiku, sentindo a área lastimada pelas constantes aplicações do remédio, como era injusta a necessidade de uma pele tão fina e macia ser perfurada tantas vezes pelas agulhas.

- Desculpe-me.. - Essas duas palavras escaparam dos lábios de Kiku, Arthur tirou o seu olhar do braço para visualizar a face de Kiku, temendo que ele estivesse demonstrando qualquer tipo de aflição. Mas não, ele estava sorrindo do mesmo modo que sorriu a primeira vez que eles se encontraram. As lembranças invadiram a mente de Arthur e ele se tornou incapaz de evitar um sorriso semelhante ao de seu amado, desde o primeiro momento eles foram felizes, desde o primeiro momento Arthur soube que ele era a pessoa certa. - Eu.. - Continuou Kiku, ao perceber o sorriso de Arthur, os olhos verdes mantiveram-se sobre si, aguardando pacientemente por suas palavras. - Eu queria.. Ficar mais tempo com você.. - Após falar, mesmo fazendo questão de manter o sorriso em sua face, Kiku sentiu um nó se formar em sua garganta e uma estranha sensação parecer subir pelo seu corpo. Não eram nauseas, não lhe causavam uma sensação fisicamente desagradável, mas.. doia..

A respiração de Kiku acelerou, seus olhos negros tornaram-se mais brilhantes pelas pequenas goticulas que nasciam neles e aos poucos transbordavam, rolando por sua face. Elevou sua mão até o rosto de Arthur, tocando-o com cuidado, não que pudesse ser brusco, seu corpo estava fraco demais até mesmo para se mover. As mãos de Arthur foram de encontro com a sua, segurando-a com força, usava tanta força que o machucava, mas não iria se queixar.. Não poderia reclamar pela forma que Arthur lhe tocava, a força dele mostrava que ele estava ali, que ele se importava..

Os lábios do inglês passaram a tremer, ele tentou mordê-los, mas não adiantou muito.. Aquela onda de nervosismo e angustia lhe dominavam cada vez mais, por que Kiku estava chorando? Por que ele tentava sorrir? Por que não podia fazer nada para ajudá-lo? A sensação das lágrimas quentes o fizeram perceber que também estava começando a chorar.. O sorriso que se mantinha na face de Kiku passou a diminuir, ele se esforçava para mante-lo, mas quando Arthur começava a desabar em lágrimas também parecia uma tarefa difícil. Por que os dois agiam como bobos chorando? As coisas não são fáceis, o mundo não é simples.. Kiku deveria ter aprendido melhor do que ninguém a superar a dor, ele tinha passado por tanta coisa e.. O ar parecia fugir de seus pulmões, as lágrimas se tornaram tão intensas que sequer pode continuar olhando para aquela pessoa a sua frente, nem mesmo conseguia manter o seu sorriso..

- Eu não quero.. Eu não.. quero morrer..! - Sua voz saiu falha, entre soluços e suspiros, suas mãos tremiam, mas Arthur segurava-as com força.. De que adiantaria ele segurá-las? Ele podia estar ali, mas a cada minuto que passava era Kiku que ficava distante.. Queria clamar pela ajuda de Deus, pedir-lhe mais tempo para estar ao lado do outro para continuar a viver junto dele.. Por que eles tinham que ter se encontrado? Se tivesse tido a sorte de morrer mais cedo não teria se sofrer sabendo o que estaria perdendo, talvez até sentisse alivio por desaparecer daquele mundo de sofrimento..

- Você não vai, eu juro! Eu farei de tudo, mas não vou deixar você morrer! - Falou Arthur, soltando as mãos de Kiku e abraçando-o, afundando sua cabeça no pescoço dele, sentindo a flagrancia doce daquela pele pálida e de seus fios de cabelo negros.. - Não vou.. te deixar..! - Queria ter tido força para dizer aquelas palavras sem estar chorando, mas era incapaz.. Tudo o que conseguia era segurar aquele frágil corpo e chorar, fazendo promessas que a cada segundo se tornavam cada vez mais difíceis de se cumprir..

Kiku estava em seus braços, então por que não conseguia impedir? Poderia segurá-lo com toda a sua força, mas ela seria inútil, era questão de tempo para que ele parasse de se mover.. E mesmo que o sacudisse, gritasse o seu nome e implorasse para tê-lo, ele não o responderia mais, não lhe daria mais aqueles sorrisos capazes de fazer o coração de Arthur disparar ou tocá-lo com aquelas mãos pequenas com delicadeza e insegurança, como se Arthur fosse feito de vidro, sendo que era o contrário.. Kiku era tão fraco, queria exigir que ele demonstrasse mais força, mas ele já estava fazendo o máximo que conseguia..

A respiração de Arthur batia contra o pescoço de Kiku enquanto pequenos gemidos e espasmos ocorriam em Kiku em uma tentativa inútil de controlar suas lágrimas. Eles não queriam que um visse o outro chorando, eles não queriam ver o outro chorando, eles não queriam chorar.. Mas como impedir as lágrimas sem se afogar nas mesmas? Como desfazer a sensação estranha na garganta e a forte do no peito? Eles já estavam fazendo o possível, então por que não era o suficiente? Por que eles tinham de se machucar?

/Fim

Tá aí, eu tentei xD~~ Vou saindo agora, perdi bastante tempo aqui hoje =3~ Espero que caso um desatento leia isso, sinta o mesmo que eu senti ao tentar escrever a cena.. [ Se bem que deve ter ficado ruinzinha, senti muita repetição desnecessária D: ]

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Foto: Kagamine Rin - Vocaloid [ Meu cosplay de domingo do family, grupo de vocaloid ganhou o segundo lugar na tradicional =3~ ]

Sei que ando abandonando esse blog, mas eu sempre penso nele e no que postar.. Nos últimos tempos várias coisas aconteceram.. Entre elas e o vento levou fez 70 anos e assistimos o filme no aniversário dele.. \o\~

Eu adoraria comentar tudo o que aconteceu [ E poderia, é claro =O ], mas prefiro nesse momento deixar esse poste para uma fanfic meio ruinzinha que escrevi ontem, durante uma horinha antes de dormir enquanto escutava uma música na qual me viciei [ Just be friends - Luka - Vocaloid ]

A Ana me apresentou essa música e eu viciei.. Achei um video que lançaram ontem Kiku e Arthur com essa música, eu logo pensei "poxa, vou assistir, deve ser lindo.. Mas não queria que eles terminassem só como amigos.." e eu assisti o video e surpresa.. No final o Kiku segura a mão do Arthur, o Arthur o abraça e a música diz "Just be friends" e no video aparece "Just be dears"

8D~ Fãs desse casal pensam parecido pelo visto.. Eles são em mais que amigos, nisso não há dúvida!

Okey, tá aqui a minha ficzinha [ Não devo postá-la em nenhum outro lugar porque ela ficou bem ruim ]

~ Just be friends ~

Ciúmes, medo, insegurança, raiva, impaciência, vergonha, angustia.. Os motivos são diversos, mas o fim é sempre o mesmo.. Quantas brigas mais teriam de ocorrer? Quantas lágrimas deveriam cair ainda? Quantos gritos deveriam ecoar dentro de suas mentes até que percebessem a verdadeira situação? Não era fácil, parecia que cada pequena coisa que faziam para reconstruir só serviam para feri-los.. Era melhor quando eles eram apenas amigos..

Atrás de Kiku estava Arthur, perseguindo-o pelo corredor da casa, querendo impedi-lo de fugir e se trancar no quarto. Eles estavam tendo mais uma discussão. As vezes era Kiku que perseguia Arthur, exigindo explicações, mas o final era sempre o mesmo. Gritos, ofenças, ameaças, tudo para expor e ocultar sentimentos, um jogo que se repetia uma e outra vez, parecendo não ter fim.

- Não saia andando, quero explicações! - Exigia Arthur, irritado pela forma que Kiku fugia ao ser confrontado, mas por não estar seguro de que estava com razão, sem se atrever a segurá-lo e forçá-lo a olhar nos olhos.

- Me deixe em paz! Já disse tudo o que deveria ser dito! - Falou, entrando no quarto, como previsivel e movendo a mão pela maçaneta, querendo fechá-la para fugir das exigencias e raiva que Arthur expressava.

- Não ouse fechar essa porta! - Tentou mandar, mas tarde demais, a porta foi fechada em sua frente sem terem uma única chance de trocar os olhares e perceberem o quanto estavam magoando um ao outro.

O motivo da briga? Talvez um deles tenha ido a um lugar com outra pessoa e não tenha avisado.. Talvez um deles tenha esquecido algum encontro marcado e deixado o outro esperando.. Talvez um pequeno comentário tenha sido interpretado como uma ofença e iniciado mais uma discussão.. Não eram mais preciso motivos para brigarem, acontecia por tudo a qualquer momento.

De um lado da porta estava Arthur, respirando fundo e virando-se para sair, não aguentava mais ficar naquela casa, precisava respirar ar fresco, sentia-se sufocado de estar na mesma casa com alguém que não confiava mais.. Do outro lado estava Kiku, sentado na cama, irritado pelas atitudes que Arthur tinha tomado, não suportava mais ouvir sua voz, parecia ensurdecedo-lo com aquele timbre estridente, sempre reclamando e reclamando, era melhor quando ele estava longe..

Kiku havia desistido a algum tempo de tentar conversar, de concertar as coisas.. Sempre que recolhia os pedaços daquele lindo reflexo do passado seus dedos pareciam sangrar.. Eram cacos afiados que o feriam mais e mais, como podiam meses antes serem tão felizes e agora viverem no mais tumultuado relacionamento? Não havia mais como salvar aquelas lembranças, tudo era motivo para brigas, para raiva.. Estava cansado de Arthur, ele poderia sumir por uns tempos, talvez quando voltasse conseguisse ser agradável novamente..

Fechou seus olhos, deitando-se na cama e olhando para o teto branco.. Esticou a mão para o alto, o teto daquela distância lhe parecia próximo, mas estava inalcançável.. Assim como a sua própria felicidade.. Quis pensar em coisas agradáveis para não ficar triste, fechou seus olhos por um breve momento e recordou do que ocorreu a um ano atrás.. Era o início da noite, estava ventando frio, Arthur tinha tido a maravilhosa idéia de levá-lo ao parque de diversões, para verem a cidade de cima da roda gigante, mas ele não esperava que pelo mal tempo ela estivesse fechada..

- Eu.. É.. - Arthur não sabia o que dizer, estava com aquele vento frio horrível do início da noite e tudo o que podia fazer era encarar aquela placa de fechado na frente roda gigante.. Olhou para Kiku, que o encarava, já sentindo frio por não ter se vestido roupas mais quentes, não esperando que Arthur o levasse naquele tipo de lugar.

- Acho melhor irmos embora.. - Disse Kiku, esboçando um breve sorriso, sentia-se um pouco envergonhado por ver os planos de Arthur terem falhado daquela forma. Arthur apenas continuava apático, incapaz de dizer qualquer coisa para se justificar.. Kiku esticou sua mão, para que ele a pegasse e saissem dali.. Ele a segurou, estava quente, diferente de Kiku que sentia cada vez mais frio conforme mais tarde ficava..

O constrante entre as temperaturas das mãos foi sentida pelos dois, Kiku tentou andar uns passos na frente, puxando Arthur pela mão para que andasse mais rápido e não ficasse ali, se preocupando com o encontro mal planejado que estavam tendo.. Como se não fosse o suficiente o momento de azar, Kiku sentiu uma gota fria de água em seu ombro, parando para olhar para o céu, já escuro.. Nuvens carregadas o cobriam, estava começando a chover.. Não teve coragem de comentar algo ou olhar para Arthur, ele deveria estar arrasado..

- Kiku.. - Uma batida leve na porta, fazendo Kiku abrir os olhos.. As lembranças vieram tão nítidas a sua mente, teria adormecido sem perceber? Voltou o olhar para a porta, ainda deitado sobre a cama.. Tinha ouvido alguém lhe chamar ou era impressão sua? - Eu sinto muito pelo que disse mais cedo.. Trouxe da rua um pedaço de bolo, por que não vem aqui e come comigo? - Prosseguiu a voz, era Arthur, confirmando a sensação de Kiku de ter sido chamado..

- Eu estou um pouco cansado, comerei mais tarde.. - Respondeu, fechando os olhos novamente.. Como terminava mesmo o seu sonho? Ah, sim, começava a chover.. Talvez aqueles fossem sinais para que nunca desse certo entre eles.. Não importava o quantas desculpas dessem um ao outro, as brigas continuariam, porque o que eles tinham não dava certo.. Era mais fácil simplesmente dormir e tentar sonhar com outra coisa, algo que pudesse deixá-lo realmente feliz.

Arthur entendeu que ainda não era o melhor momento para conversarem, indo para a sala.. O que deveria fazer? Gostava tanto de Kiku, não queria que o relacionamento deles continuasse a se desfragmentar.. Se Kiku se empenhasse mais e fosse mais sincero tudo isso poderia ser revertido.. Abriu o pequeno armário de baixo da televisão da sala, retirando um álbum de retrato dentro dele, sentando-se no sofá e começando a virar as páginas.. Fotos e mais fotos deles, eram tão felizes antes, por que agora só viviam tristezas?

Em uma das páginas, nem tão antiga assim, dois ticketes do parque de diversões.. Lembrava-se daquele dia como se tivesse ocorrido ontem, mas agora já tinha se passado um ano.. As mãos de Kiku estavam tão frias, tentando tirá-lo dali antes que começasse a chover, não querendo deixá-lo ainda mais arrasado pelo péssimo encontro que estavam tendo.

- Me desculpe.. - Falou Arthur, colocando o seu casaco sobre os ombros de Kiku e puxando-o para perto, ele o olhou um pouco surpreso, colocando as mãos com cuidado sobre o couro do casaco, acomodando-se nele.

- Não se preocupe.. Eu estou muito feliz em poder estar com você hoje.. - Disse, levemente corado, sorrindo. Arthur agiu por instinto, abraçando-o, querendo não apenas aquecer aquele pequeno corpo como também senti-lo próximo de si.. Os farois dos carros que passavam pela avenida ofuscavam a visão deles, as gotas de chuva começavam a cair sobre suas cabeças, mas nada parecia fazer diferença naquele momento, estavam juntos e isso os fazia verdadeiramente felizes.

Arthur virou a página do álbum, encontrando uma foto dos dois juntos, tirada de qualquer jeito enquanto arrumavam os móveis do apartamento.. Na página seguinte uma foto de um mês já vivendo juntos, com o local todo arrumado e amigos juntos, tendo ido visitá-los.. Eles se divertiram tanto naqueles dias, era tudo tão desorganizado, mas estavam tão felizes por estarem morando ali.. Virou mais uma das páginas do álbum, vendo-a vazia..Virou outra e outra.. Não importava o quanto virasse, meses tinham se passado, mas eles não tinham tirado mais uma única foto para registrar os momentos nos quais viviam juntos..

Um som de uma porta se abrindo não foi o suficiente para fazer Arthur desviar o olhar das páginas em branco do álbum.. Por que não tinham mais fotos? Onde estavam registrado os momentos felizes dos últimos meses? Eles tinham ocorrido, não tinham? Então por que não os fotografaram? Passos para perto de si não o fizeram fugir de suas dúvidas.. Quais eram os momentos felizes que tinham vivido nos últimos meses? Por que se esforçava pelo relacionamento se ele estava assim a tanto tempo.. Já deveria ter percebido a muito tempo que insistir não estava dando certo..

Kiku parou próximo a Arthur, vendo-o encarar aquele álbum com fixação, parecendo estar surpreso com o que via.. Mas não tinha nada naquela página, por que estava tão espantado? Reteu a respiração por um breve momento, não podendo acreditar no que estava vendo.. Lágrimas deslizavam pelas secas bochechas de Arthur, por que ele estava chorando? Por que ele não dizia nada? Ele não era de chorar, então por que agora estava assim? Não o perguntou o que aconteceu, não quis saber o motivo de suas lágrimas.. Pensar na resposta lhe perturbava muito, mas ouvi-la possivelmente o enlouqueceria, então ele optou por ignorar, passando direto pela sala e indo para a cozinha, abrindo a geladeira e vendo o pedaço de bolo..

Era com recheio de cerejas, o seu favorito.. Pegou aquele pedaço de bolo e colocou sobre a mesa, pegando um garfo e provando o sabor do massa.. A quanto tempo não comia aquele bolo? Ele era delicioso e Arthur sabia o quão ele gostava.. Arthur poderia cometer muitas falhas, mas sempre percebia quando alguma coisa estava errada com Kiku.. É mesmo, até no dia da roda gigante, ele percebeu o nervosismo que sentia por tudo ter dado errado e o abraçou..

- Eu prometo que vou lhe compensar.. - Falou Arthur depois de abraçá-lo, distanciando um pouco e sorrindo.. Kiku riu, estava com o seu coração batendo tão rápido que tudo o que conseguia era rir.. Arthur se afastou, fazendo sinal para os vários taxis que passavam pela estrada, mas nenhum parecia disposto a parar para eles.. - Kiku.. eu.. - Começou a dizer algo, com o olhar voltado para estrada, parecendo incapaz de olhá-lo, tentando ganhar coragem mais sem grande sucesso.

Parou de comer seu bolo, aquelas lembranças estavam lhe deixando um pouco atordoado.. Por que mesmo depois de um ano pensar no que Arthur lhe dizia fazia o seu coração acelerar da mesma forma que acelerava naquela época? Não importava o quando se ferisse, seu coração só batia por ele daquela forma, poderiam se magoar dezenas de vezes e continuariam se amando..Que tipo de amor masoquista era esse?

- Kiku.. - Arthur estava entre a porta da sala e a cozinha, parecendo ter se recomposto e não expressando qualquer sinal de que a minutos atrás estava chorando em estado catatonico. Kiku continuou com o garfo em mãos, voltando o olhar lentamente para o outro, atento a qualquer coisa que ele queria dizer.. - Desde que passamos a morar juntos tudo piorou.. Vamos dar um tempo, não está dando certo.. - Disse, sem esboçar medo ou insegurança, estava seguro sobre as suas próprias palavras mesmo parecendo ter pensado nelas apenas segundos antes.

Como poderia responder a algo que lhe era dito com tanta confiança? Sentiu o garfo escorregar entre os seus dedos e cair sobre a mesa, encarando Arthur, sentindo cada palavra que ele dizia bater contra sua mente, deixando-o chocado.. Sua cabeça parecia estar em uma constante tempestade nos últimos meses, mas por um seguro essa tempestade parou, restando só o total vazio.. Ele estava terminando? Como ele podia terminar desse jeito? Não estava dando certo, isso era verdade, mas.. Terminar? Não tinha como responder, estavam adiando, mas aquilo iria ocorrer uma hora ou outra..

[ Daqui em diante eu perco o ritmo só pra correr com a história e seguir a música ]

Dois dias depois Kiku saiu do apartamento, resolvendo que seria melhor voltar a viver com sua família.. Um mês se passou sem eles se falarem direito, no máximo conversas rápidas ao telefone sobre o que fariam e por fim decidiram que não dava mais certo.. Eles eram felizes demais antes e agora estava tudo destruido, se voltassem a ficar juntos o relacionamento deles só continuaria a afundar.. Quando se deram conta, Arthur estava indo fechar o apartamento, iria devolvê-lo para a imobiliaria, sozinho viver ali não fazia sentido..

- A mudança já chegou..? - Perguntou Kiku, entrando lentamente no apartamento, agora com apenas alguns móveis na entrada e algumas caixas.. Estava longe dali a um mês, mas sentia como se não reconhecesse mais nada.. Arthur estava sentado em uma cadeira entre as caixas, reforçando-as com fita durex.. Ele levantou-se assim que Kiku entrou, colocando a fita em cima de uma caixa e caminhando até ele.

- Chegarão daqui a pouco.. Aquela é a sua caixa.. - Disse, apontando para uma caixa de tamanho mediano no canto da sala que ainda não havia sido lacrada.. - Vou falar com o sindico, pode cuidar das coisas por aqui? Eu já volto.. - Perguntou, Kiku apenas concordou com a cabeça e Arthur se retirou do local, saindo do apartamento e deixando a porta que dava para o corredor aberta.

Kiku pegou a caixa, sentando-se na cadeira e colocando-a sobre o seu colo, abrindo-a lentamente para ver o que tinha ali dentro. Eram pertences dos dois, que agora, separados, não tinham um dono certo.. Entre eles um álbum de fotografias, Kiku o folheou, vendo-o repleto de lembranças felizes.. Se pudesse voltar ao tempo, voltaria a aquela época na qual eram felizes.. Mas agora eles não poderiam mais viver aqueles dias, aquela época já havia passado e não voltaria mais.. Eram mais felizes separados agora..

Quando Arthur entrou no apartamento, viu Kiku olhando com carinho para aquelas fotos, como se elas lhe significassem alguma coisa boa.. Por mais que soubesse que mesmo insistindo, eles jamais voltariam a ser tão felizes quanto foram, não conseguia evitar de ainda amá-lo, de desejar abraçá-lo sempre que o via e de querer sempre tê-lo por perto.. O olhar de Kiku saiu do álbum para Arthur, não entendendo bem o motivo dele encará-lo..

- Eu continuarei te amando.. - Falou Arthur, mostrando um sorriso fraco.. Como podia sofrer tanto por deixá-lo se sabia que estar com ele o fazia sofrer? Cada vez mais parecia estar se contradizendo e insistir com toda essa dúvida dentro de si fazia-o morrer por dentro..

- Não quero me separar de você.. - Respondeu Kiku, colocando a caixa de lado e levando apenas o álbum, aproximando-se de Arthur, segurando o álbum com grande cuidado.. - Mas tenho que fazê-lo.. - Concluiu, passando direto por ele rumo a saída, indo embora sem sequer olhar para trás..

Tinham de terminar antes que toda a ligação que tinham desaparecesse.. Tinha de terminar antes de que o amor que sentiam um pelo outro morresse completamente.. E tudo o que restava para eles era seguir pelos próprios caminhos sem olhar para trás.. Continuariam se amando, continuariam desejando estar juntos, continuariam pedindo para Deus para que ele trouxesse aqueles dias que se passaram novamente para a vida deles.. Tudo tinha terminado..

- Eu amo você.. Na verdade, não tenho certeza se eu amo, porque nunca senti algo assim por ninguém.. Mas.. Você é o único que me faz feliz e quero que venha morar comigo..! - Falou Arthur, atrapalhando-se um pouco depois daquele péssimo dia que tinham tido juntos.. A chuva começou a cair com maior intensidade, os taxis passavam todos lotados e ele ainda era incapaz de olhar para Kiku frente a frente..

- Arthur.. - Kiku sussurou o nome dele, fazendo-o virar extremamente corado para olhá-lo.. Ambos estavam envergonhados com toda aquela declaração, envergonhados pelos movimentos de seus peitos causados por culpa dos batimento de seus corações. Kiku respirou fundo, como poderia respondê-lo sem ser sufocado pelo nervosismo? Segurou com suas mãos a gola da blusa de Arthur e ficou na ponta dos pés, beijando-o.

Eles começavam tão felizes, sem saber o quanto poderiam se magoar conforme mais próximos ficavam.. Por que tinham de passar por tudo isso? Agora era a hora do adeus e nada poderia fazê-los voltar atrás.. Era um adeus para o amor que tinham, seguiriam agora sendo apenas amigos, era tudo o que seriam.. Já era a hora de darem adeus..

Por quê? Por que tinham de seguir os padrões? Por que essa era a vida? Por que eles tinham de ser apenas amigos? Não era certo, eles continuavam se amando demais para dizer adeus! Arthur fechou os punhos, correndo para o elevador, apertando o botão para que ele subisse o mais rápido possível, precisava ir atrás de Kiku, não poderia deixar que as coisas ficassem assim. Eles poderiam ter vivido momentos difíceis e ele não poderia garantir que não viveriam mais, mas ele poderia suportá-los enquanto não precisasse dizer adeus..

A porta do elevador se abriu, fazendo Arthur dar um salto para dentro dele e então percebendo que alguém estava ali dentro, encarando-o assustado.. O que Kiku fazia ali? ele já deveria ter descido até o primeiro andar e saído do prédio.. Por que ele continuava dentro do elevador? Por que ele apertava o álbum com tanta força que parecia impossível fazê-lo soltá-lo? Ele também não queria aceitar aquele fim?

- Apenas amigos.. É só o que seremos.. - Disse Kiku, quebrando o silêncio, a porta do elevador se fechou atrás de Arthur, Kiku largou o álbum no chão do nada e foi até Arthur, abraçando-o, se o coração deles batia rápido ou não, isso não era possível dizer, a mente deles não estava focada nesses detalhes.. As mãos de Kiku deslizaram pelas costas do Arthur, agarrando-o com cuidado, querendo tê-lo perto de si.

- Sim, apenas amigos.. Porque chegou a hora de dizermos adeus.. - Disse Arthur em seguida, empurrando Kiku de leve para que ele se afastasse.. Kiku o olhou tranquilamente, abrindo um leve sorriso ao ouvir aquelas palavras.. O elevador descia lentamente, o olhar deles mantinham-se um sobre o outro.. Quando chegaram sobre o andar terreo, a porta se abriu. Arthur esticou as mãos até os botões, apertando o número do andar do apartamento deles e impedindo Kiku de sair, fazendo a porta se fechar mais uma vez e o elevador começar a subir..

Eles fecharam os olhos e aproximaram-se lentamente um do outro, aproximando os seus rostos e selando entre eles um breve beijo.. Aquelas frases prontas não resolveriam os problemas deles, dizer que seriam só amigos não fariam deixá-los de se amar e partirem, deixando para trás apenas um rápido adeus, não resolveria os problemas que estavam tendo.. Quando os lábios se chocaram as respostas vieram a mente dos dois, quando eles se afastaram, apenas mantiveram o sorriso, olhando um para o outro com carinho.. Não importava o que fizessem, no final eles seriam apenas duas pessoas que se amam..

[ Apartir daqui eu escrevi agora xD ]

- Não acredito que perdemos aquele apartamento.. - Falou Kiku, sem qualquer empolgação, passaram a última semana tentando convencer a imobiliaria a relocar o apartamento para eles, mas eles se negavam, dizendo já terem recebido outra proposta.. Kiku sentou-se no banco vazio daquele ponto de ónibus. - Estou cansado.. - Se queixou, estavam tendo de andar por todas as imobiliarias do centro desde cedo a procura de um novo apartamento, agora já era hora do almoço, estavam andando sobre o sol de meio dia e não haviam encontrado um apartamento tão bom quanto o anterior com um preço razoável e de boa localização.

- Vamos achar coisa melhor, só precisarmos ter calma.. Posso ver a lista de endereços das imobiliarias? - Pediu, sentando-se ao lado de Kiku naquele banco e esticando as pernas para frente, também estava ficando cansado de andar, mas não podiam parar ainda, havia vários locais para ir caso quisessem encontrar um bom apartamento.

- Aqui.. - Disse, retirando o celular do bolso e entregando-o a Arthur, fazendo-o arquear as sombrancelhas.. Para Kiku parecia que os velhos costumes de usar papel e caneta para anotar coisas não eram mais úteis. Arthur tentou apertar alguns botões, mas aquele pequeno aparelho era tão confuso. Onde ele tinha anotado afinal? Agenda? Galeria? Internet? Para que ele precisava colocar tantas coisas em um aparelhinho tão confuso?

- Acho que deu algo errado.. - Disse, o aparelho fez um som estranho e imagens começaram a aparecer na tela. - Por que você não pode usar papel e caneta como uma pessoa normal? - Reclamou, apertando uns botões aleatórios, mas nada parecia querer convencer aquela coisa a funcionar direito! Como ela podia ser tão teimosa? Iria esmagá-la em pedacinhos para ensiná-la a funcionar direito!

- Cuidado, eu ainda estou pagando, é um aparelho delicado!! - Se irritou, como Arthur podia culpar o celular por sua incompetência? Segurou o celular, tentando puxá-lo das mãos de Arthur, mas ele continuava resistente, tentando continuar a segurá-lo e forçá-lo de forma irracional a seguir suas ordens, como se fosse um animal a ser adestrado.. Se havia alguém que precisava ser adestrado era Arthur, para parar de tentar quebrar as coisas dos outros!

- Eu ainda estou vendo! - Reclamou, ainda puxando o celular para que Kiku não o tirasse dele, um som estranho se fez no aparelho, fazendo toda aquela briga parar . - Quebrou..? - Perguntou, um pouco apreensivo, apesar de tudo não queria realmente quebrar o celular de Kiku, muito menos por ele estar com a lista das imobiliarias e ser quase impossível eles encontrarem os locais sozinhos.

- Espera.. - Disse, acotovelando Arthur para que ele soltasse o celular e tirando-o das mãos dele, apertando uns botões com os seus dedos ligeiros, verificando a situação dele. - Tirou uma foto.. - Falou, continuando a apertar os botões e colocando uma imagem na tela, aproximando-se de Arthur para que ele a visse.

Eles ficaram em silêncio, observando aquela foto na pequena tela.. Definitivamente tinham saído péssimos nela, se empurrando e reclamando, mas apesar de ter sido uma péssima foto, ela era um pouco engraçada, fazia-os ter noção do quão ridículos estavam brigando assim no meio da rua. Eles se entreolharam, abrindo um leve sorriso, Arthur encostou sua testa no alto da cabeça de Kiku, olhando-o tão de perto que o rosto dele ficava até mesmo desfocado.

- É a nossa primeira foto.. - Disse Arthur, ainda com o sorriso nos lábios, tinha ficado tão triste por não terem registrado os bons momentos nos últimos tempos, mas não era necessário registrá-los mesmo ou considerá-los bons.. Estar com Kiku era bom, mesmo que fosse em um péssimo encontro em um dia de chuva ou andando de baixo do sol a procura de um apartamento..

- Sim, podemos colocar no álbum.. - Falou, afastando-se um pouco e voltando o olhar para o celular, apertando mais alguns botões e afastando a mão, aproximando-se de Arthur. - Sorria! - Disse, esboçando um sorriso para a maquina em suas mãos e apertando um botão, tirando mais uma foto dos dois.. As páginas livres daquele álbum não seriam mais suficientes comparado ao número de recordações que guardariam dali em diante..

~ Just be dears ~

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Imagem: Coréia do Sul

Hoje escrevi o texto mais perfeito de toda a minha história.. Pela primeira vez desde que a iniciei, senti o que o Alfred sentia e senti um desejo incontrolável de colocá-lo beijando o Kiku.. Meu coração acelerou conforme as linhas iam se formando.. Senti aquele gostinho de primeiro amor que o Alfred dizia ter, mas sempre parecia ser inexistente..

Depois de escrever esse texto, vim para internet para sei lá o que.. E coloquei no rpg que tenho jogado.. Meu personagem, Coréia do Sul, foi pego por outra pessoa.. Parece uma banalidade, mas senti o mesmo que senti vendo o Taishi morrer em stardust..

Eu estava mesmo envolvida com o Im Soo, mais envolvida do que estaria com qualquer outro personagem.. Porque para mim ele era uma das representações do Taishi, eles são tão parecidos, dois principes idiotas =/

Parece destino fazer algo perfeito e ser seguido de uma tragedia que trás um sentimento de angustia.. Por mais que seja bobagem, perder o Im Soo foi como para o Imoko é perder o Taishi.. Não vou ficar chateada com a pessoa que levou o Im Soo de mim, mas fico chateada comigo mesma por não ter dito "quero ter o Im Soo como fixo". Perder ele é como o Imoko perder o Taishi porque é uma falta de atitude boba ciente de um perigo que por mera ingenuidade se concretizou sem ter uma reação adequada.

Talvez esteja na hora de eu me desligar um pouco de rpgs e me focar em desenvolver uma história sobre o Taishi para suprir essa falta de um personagem sendo criado em minha cabeça..

Minha mãe disse "é incrível, você nunca estudou sobre isso, não le nada que fuja do seu interesse e escreve tão bem". E pela primeira vez eu concordei com ela, não por achar que escrevo realmente bem, mas por ter escrito duas páginas de uma história realmente boas.

Se eu consigo escrever duas páginas daquelas, tenho a obrigação de escrever cem ou duzentas melhores que aquelas para trazer a vida um personagem que eu tanto amo. Claro, um autor o trouxe, mas a obra deixa de ser do autor quando existe um leitor para o interpretar.. Eu modifico os personagens, tornando-os meus.. Se alguém um dia ler o que eu escrevo esses mesmos personagens deixaram de ser meu para ser dele.. Mas no instante que coloco essas cenas no papel elas são minhas e apenas minhas.

Escrever me permite fazer algo maior do que qualquer outra coisa.. Criar algo real, algo grande, para esse mundo onde tudo o que eu tenho de valioso são cenas e palavras nascendo em minha cabeça.. Eu não sou a melhor escritora do mundo, eu não sou a pior escritora do mundo, mas como deve ser para os outros escritores, a cada página tenho algo mais meu do que todo o resto de minhas coisas..

Ter essa chance de me conhecer, não como Maiga, mas sim como um individuo capaz de criar algo, de tirar o que trás lá dentro de si, me faz uma pessoa melhor. Me torno melhor a cada palavra, até mesmo quando essa palavra não se encaixa no texto.. Esse mundinho que crio tem cada cena inesperada e após ser escrita torna-se mais um fato daquela realidade..

Eu já escrevi sobre o Im Soo e mesmo na minha realidade ele sendo rascunhos em uma folha de papel ou um pequeno arquivo de bloco de notas no computador, em meio aquelas palavras ele é o centro de todo um universo, com paixão, calor e profundidade.. O Im Soo vai sempre ser meu, jogando ou não em um rpg..

Sabe, escrevi todas essas coisas confusas agora sem saber o objetivo delas e me sinto mais aliviada.. Acho que eu precisava saber que perder a chance de jogar com um personagem não significa perdê-lo.. Mas romper um namoro tendo criado personagens com esse namorado e em um acordo após a criação deixar os personagens com a outra pessoa aí sim é perdê-los.. Estou feliz de ter lembrado de fazer um acordo e ter ficado com todos eles para mim..

=3~ Dedico esse texto confuso e cheio de erros aos meus maiores amores..

Taishi, Im Soo, Aiedi, Usagi e Souji.. Gosto do Shinda, Miki-chan e todos os outros também.. Mas dessa vez eles não recebem dedicatoria ;3 Quem sabe na próxima, né?

~Fim do poste
Imagem: Taishi e Imoko

Não sei o que me deu hoje, mas estou ouvindo "Star Mine" da Gumi/Megpoid e lembrei do Taishi D:

Fico me preocupando em costurar cosplay de Hetalia, Vocaloid ou o que for.. E me esqueço desse personagenzinho perfeito que ganhou o meu coração.. ;-; Taishi, você sempre será o meu favorito.. E eu sei que disse isso para o Roxas no ano passado, mas dessa vez vou mante-lo comigo para sempre..

Ainda gosto do Roxas, de KH ou o que for.. Mas o Taishi é muito lindinho =3~ Bem, tô determinada a correr contra o tempo =3 [ Preciso encomendar uma meia calça ] Portanto, até outra hora, vida da internet o/

;-; Meu coração dói.. [ Taishi.. Me desculpe se não te amei o suficiente ._. ] ç____ç Taishi, eu amo muito você.. Nunca esqueça de mim.. Eu sei que tenho defeitos, sou imperfeita.. As vezes deixo você de lado.. Mas você sempre vai dominar todo o meu coração porque.. Eu só percebi que tinha coração quando o conheci..

Okey, parei com o melo-drama.. =I Vou lá fingir que faço algo de útil.. Mas meu pensamento sempre vai ser.. "Te amo, Taishi" ^^~~

Shaushaushaushausha >xD Eu sei que exagero, mas desde que conheci o Taishi em Gang Manga Biyori coisas boas tem acontecido.. E eu tô associando tudo isso ao Taishi \o\~~ [ Claro, gosto do Imoko também.. mas.. ]

D: Okey, menti, disse que ia trabalhar duro, mas resolvi que vou ver uns videos do Taishi primeiro /é-sério..

;-; Aí depois, quando eu tiver com 100% da minha força, vou trabalhar duro..

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Imagem: Taishi e Imoko

Eu não ando desmotivada do blog, eu lembro dele e sempre acho que postei.. O problema é que ultimamente eu respiro Taishi e Imoko D:

Hoje eu escrevi uma coisinha no laptop [ Queria escrever muito, mas me deu sono xD ] sobre uma futura fanfic de gang manga biyori..

Vou postar aqui o prólogo \o\ - O único que escrevi - [ Talvez um dia isso se torne um livro.. Ou uma fanfic na categoria ainda inexistente do fanfiction.net ]

Textinho - >:3 Chamarei de Sacrificio..

Em um quarto qualquer no meio da cidade, um local insignificante para muitos, acabava de ocorrer um crime. Lá estavam duas pessoas, uma era Imoko no Ono, com suas vestes vermelhas em um tom mais escuro que o normal.. Ao seu lado, o corpo já sem vida.. Imoko, com seus dezessete anos, podia apenas vislumbrar o corpo sem vida a sua frente, a cada segundo que se passava, tornava-se mais frio. O sangue que cobria suas mãos e roupas perdia aquele calor para apenas se tornar um liquido úmido e desconfortável, não muito diferente de água, exceto pela cor.

As pessoas dizem tantas coisas sobre a sensação do sangue de alguém contra a sua pele.. Os sentimentos gerados ao vislumbrar alguém que em vida se movia como todos os outros ficar naquele estado, imóvel. Mas ninguém sabe realmente como é, mesmo que já tenha estado em uma situação semelhante, nunca é igual.. São sempre situações diferentes, sentimentos diferentes, pessoas diferentes.. Ninguém morre duas vezes e ninguém contempla a mesma morte mais de uma vez..

Imoko fechou seus olhos momentaneamente, não queria continuar a observar o estado do local.. A arma do crime ao lado do cadáver, uma adaga prateada com o símbolo do rei.. Mesmo que o desejo de fugir apresenta-se momentaneamente na mente de Imoko, ele precisava ficar ali, era a sua obrigação.. Suas pernas estavam fracas demais para sustentar o seu próprio corpo, impressionava-se por conseguir se manter sentado, com sua coluna suportando o seu peso..

Abriu seus olhos, sentindo sua mão no piso de madeira próximo as suas mãos, encharcado.. Aquelas manchas nunca mais sairiam, tirar uma vida é um pecado, mesmo que seja pela justiça dos homens ou pelo desejo de Deus.. Mesmo que seja tirando a própria vida.. Em todos os casos, as memórias daqueles que contemplam o corpo são preservadas até mesmo naqueles que não falam sobre o ocorrido.

Os fios de cabelo castanho prendiam-se na testa suada, o som de sua respiração pareciam tambores em seus ouvidos. Não havia mais nenhum som no local além do que ele próprio fazia, nunca pensou que o silencio poderia ser tão barulhento. Fechou seus punhos, contando de um a dez com cuidado, tentando recuperar o ritmo de sua respiração que acelerava e se interrompia drasticamente..

Era o nervosismo? Estava nervoso? Provavelmente estava.. Era irônico como alguém como ele, que sempre foi frio e organizado ficasse nervoso daquela forma. Mas essa ironia não tinha graça, nada tem graça quando você tem um semelhante ao seu lado morto a facadas.. Mas e se ele não estivesse morto? Ainda agonizasse pela dor de cada uma das investidas contra o seu abdômen, expondo seu corpo, vermelho que não conseguia mais ficar lá dentro? Seria melhor vê-lo assim ou simplesmente morto?

Talvez, por mais assustador que fosse, ver aquele corpo frio o fazia se lembrar de que aquele não era mais um ser vivo, era apenas a carapaça morta de alguém que um dia foi um humano. Era um pedaço de carne com forma definida que em questão de horas estaria coberto de larvas e ratos que o utilizariam como alimento. Como alguém capaz de mudar o rumo de outras pessoas enquanto respirava agora seria tão útil quando um pouco de lixo?

Mas uma morte brutal dessa não tornava apenas um ser vivo alguém insignificante, mudaria a vida de algumas pessoas.. As lembranças atormentariam Imoko até o seu último suspiro.. Aquela seria a lembrança mais viva que carregaria em meio a aquele punhado de lembranças esquecidas por todos.. Do dia que viu uma vida escapar por suas mãos, como a água fugindo de seus dedos..