quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Imagem: Taishi e Imoko

Eu não ando desmotivada do blog, eu lembro dele e sempre acho que postei.. O problema é que ultimamente eu respiro Taishi e Imoko D:

Hoje eu escrevi uma coisinha no laptop [ Queria escrever muito, mas me deu sono xD ] sobre uma futura fanfic de gang manga biyori..

Vou postar aqui o prólogo \o\ - O único que escrevi - [ Talvez um dia isso se torne um livro.. Ou uma fanfic na categoria ainda inexistente do fanfiction.net ]

Textinho - >:3 Chamarei de Sacrificio..

Em um quarto qualquer no meio da cidade, um local insignificante para muitos, acabava de ocorrer um crime. Lá estavam duas pessoas, uma era Imoko no Ono, com suas vestes vermelhas em um tom mais escuro que o normal.. Ao seu lado, o corpo já sem vida.. Imoko, com seus dezessete anos, podia apenas vislumbrar o corpo sem vida a sua frente, a cada segundo que se passava, tornava-se mais frio. O sangue que cobria suas mãos e roupas perdia aquele calor para apenas se tornar um liquido úmido e desconfortável, não muito diferente de água, exceto pela cor.

As pessoas dizem tantas coisas sobre a sensação do sangue de alguém contra a sua pele.. Os sentimentos gerados ao vislumbrar alguém que em vida se movia como todos os outros ficar naquele estado, imóvel. Mas ninguém sabe realmente como é, mesmo que já tenha estado em uma situação semelhante, nunca é igual.. São sempre situações diferentes, sentimentos diferentes, pessoas diferentes.. Ninguém morre duas vezes e ninguém contempla a mesma morte mais de uma vez..

Imoko fechou seus olhos momentaneamente, não queria continuar a observar o estado do local.. A arma do crime ao lado do cadáver, uma adaga prateada com o símbolo do rei.. Mesmo que o desejo de fugir apresenta-se momentaneamente na mente de Imoko, ele precisava ficar ali, era a sua obrigação.. Suas pernas estavam fracas demais para sustentar o seu próprio corpo, impressionava-se por conseguir se manter sentado, com sua coluna suportando o seu peso..

Abriu seus olhos, sentindo sua mão no piso de madeira próximo as suas mãos, encharcado.. Aquelas manchas nunca mais sairiam, tirar uma vida é um pecado, mesmo que seja pela justiça dos homens ou pelo desejo de Deus.. Mesmo que seja tirando a própria vida.. Em todos os casos, as memórias daqueles que contemplam o corpo são preservadas até mesmo naqueles que não falam sobre o ocorrido.

Os fios de cabelo castanho prendiam-se na testa suada, o som de sua respiração pareciam tambores em seus ouvidos. Não havia mais nenhum som no local além do que ele próprio fazia, nunca pensou que o silencio poderia ser tão barulhento. Fechou seus punhos, contando de um a dez com cuidado, tentando recuperar o ritmo de sua respiração que acelerava e se interrompia drasticamente..

Era o nervosismo? Estava nervoso? Provavelmente estava.. Era irônico como alguém como ele, que sempre foi frio e organizado ficasse nervoso daquela forma. Mas essa ironia não tinha graça, nada tem graça quando você tem um semelhante ao seu lado morto a facadas.. Mas e se ele não estivesse morto? Ainda agonizasse pela dor de cada uma das investidas contra o seu abdômen, expondo seu corpo, vermelho que não conseguia mais ficar lá dentro? Seria melhor vê-lo assim ou simplesmente morto?

Talvez, por mais assustador que fosse, ver aquele corpo frio o fazia se lembrar de que aquele não era mais um ser vivo, era apenas a carapaça morta de alguém que um dia foi um humano. Era um pedaço de carne com forma definida que em questão de horas estaria coberto de larvas e ratos que o utilizariam como alimento. Como alguém capaz de mudar o rumo de outras pessoas enquanto respirava agora seria tão útil quando um pouco de lixo?

Mas uma morte brutal dessa não tornava apenas um ser vivo alguém insignificante, mudaria a vida de algumas pessoas.. As lembranças atormentariam Imoko até o seu último suspiro.. Aquela seria a lembrança mais viva que carregaria em meio a aquele punhado de lembranças esquecidas por todos.. Do dia que viu uma vida escapar por suas mãos, como a água fugindo de seus dedos..

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